Orseni Pequeno
09/08/2023 às 17:58

O Drex vem aí! Saiba como vai funcionar a moeda digital brasileira

O Banco Central (BC) anunciou o novo nome e a marca da moeda digital brasileira, que deixa para trás a denominação Real Digital e passa a se chamar Drex. A nova moeda ainda está em fase de desenvolvimento e deve chegar ao público até o fim de 2024.

Apesar de ter ganho uma identidade própria só agora, o Drex já vem sendo trabalhado há anos pelo Banco Central e muitas dúvidas que podem surgir para quem tem o primeiro contato com a nova solução do BC já foram respondidas.

Bora conferir o que já se sabe sobre o Drex!

O que é o Drex?

Quando falamos em moeda digital, muitas pessoas podem pensar imediatamente em nomes como Bitcoin e Ethereum. Entretanto, o Drex pertence a uma nova categoria de moedas digitais, as CBDC, do inglês Central Bank Digital Currencies, que é diferente dos criptoativos.

O Drex será uma moeda de fato, a representação digital do real físico, emitido pelo Banco Central e garantido pelas mesmas políticas que determinam o valor e a estabilidade do real, sem a grande volatilidade das criptomoedas.

O que é o Drex?

Como vai funcionar o Drex?

A ideia é que qualquer pessoa – física ou jurídica – que deseje possuir reais em versão digital possa entregar o dinheiro em formato convencional e receber os reais digitais correspondentes emitidos pelo BC em uma carteira virtual. Essa operação será intermediada por uma instituição financeira ou de pagamentos autorizada pelo Banco Central.

Em posse do Drex, você poderá movimentar a moeda da mesma maneira que movimenta os recursos que possui hoje depositados nos bancos, utilizando-o, por exemplo, para pagar compras, boletos e impostos, realizar transferências ou sacar o dinheiro digital passando para o formato físico do real.

Será possível, inclusive, realizar Pix utilizando o Drex. A semelhança fonética, aliás, gerou ruído nas redes sociais, com alguns pessoas questionando se o Pix seria substituído pelo novo produto.

Como funciona o Drex?

No entanto, apesar de integrarem a mesma família de soluções do BC e contribuírem para a reforma e inovação do sistema financeiro, Pix e Drex não devem ser confundidos. Enquanto o primeiro é um sistema que permite a transferência de valores, o último é o próprio dinheiro que será transferido.

Outra diferença é que as transações com o Drex terão um custo, o que não ocorre com o Pix. Apesar disso, quando comparado ao modelo atual, o Banco Central acredita que a implementação da moeda digital deve reduzir os custos das operações financeiras.

Outras características da moeda digital brasileira

Além da interoperabilidade, que vai permitir a utilização da moeda digital nas mesmas formas como utilizamos hoje o real físico – além das eventuais novas formas de uso – outras características do Drex já são conhecidas. Confira:

  • As transações com a nova moeda manterão a segurança e privacidade hoje presentes nas operações realizadas no sistema bancário e de pagamentos;
  • Os bancos não poderão emprestar Drex a terceiros, como acontece com o real físico;
  • A moeda digital não terá rendimento automático;
  • O foco inicial é no uso online, mas o BC está acompanhando a evolução de tecnologias que podem permitir a incorporação da funcionalidade em pagamentos offline.

O que muda com o Drex?

O objetivo do Banco Central com o Drex é fomentar novos modelos de negócios na economia digital, contudo, grandes mudanças só devem ser percebidas quando a moeda digital estiver circulando na economia, o que deve acontecer até o fim de 2024.

De acordo com o BC, o maior desafio à implantação da moeda digital, considerando o objetivo do projeto, é que o sistema de pagamentos brasileiro já é moderno, o que exige mais esforço no desenvolvimento de novas funcionalidades, novos serviços e novas formas de prestação de serviços financeiros.

Com base no que já foi apresentado, é provável que a primeira mudança a ser percebida pela população seja o aumento da eficiência do sistema de pagamentos de varejo, com a facilitação de pagamentos e outras operações financeiras cotidianas.

O que muda com o Drex?

Para quem possa imaginar que a emissão de papel-moeda também será impactada, o Banco Central afirma que um possível impacto será irrelevante, ao menos na largada da moeda digital, uma vez que o Drex é voltado ao uso online.

Já no que diz respeito aos meios de pagamentos, não seria surpresa se a implantação da moeda digital brasileira – e as novas soluções que devem surgir a partir do Drex – contribuíssem para uma maior perda de espaço dos meios tradicionais, como cartão de crédito e débito, boleto e TED, o que tem acontecido desde o lançamento do Pix, que é hoje a principal solução de pagamentos utilizada pelos brasileiros.

Para ficar por dentro das próximas etapas do projeto de desenvolvimento do Drex, clique aqui.

E aí, qual a sua opinião sobre o Drex?

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