Acúmulo e perda de milhas crescem no Brasil – os números são impressionantes!
Quem não gosta de comprar e receber benefícios? Acho que ninguém, né? 🤗 Com o brasileiro não é diferente, não por acaso 45% da população do Brasil já está inscrita em algum programa de fidelidade.
Apesar de alcançar menos da metade da população brasileira, os programas de fidelidade estão conseguindo engajar cada vez mais seus usuários, como mostra um levantamento da Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização (Abemf), que indicou um aumento de 28,3% na quantidade de transações realizadas pelos participantes dos programas no 1° semestre de 2022 na comparação com o mesmo período de 2021.
No total, entre janeiro e julho de 2022, foram 12,8 milhões de transações com pontos/milhas, número que também supera o resultado para o mesmo período de 2019, ano pré-pandemia, o que sugere para a Abemf um crescimento real do setor e não apenas uma recuperação a partir de um momento mais crítico.
O crescimento também aparece no faturamento bruto dos programas de fidelidade associados à Abemf, que alcançou R$ 4,4 bilhões no acumulado dos 6 primeiros meses de 2022, valor que supera em 75,8% o resultado do 1° semestre de 2021 e em 20% o número do mesmo período em 2019.
Acúmulo, resgate e perda de pontos/milhas
O mesmo levantamento apresentou números detalhados sobre o acúmulo, resgate e perda de pontos/milhas pelos usuários de programas de fidelidades no primeiro semestre de 2022. Os resultados confirmam o avanço do setor e impressionam pelos altos valores transacionados.
No que diz respeito ao acúmulo de pontos/milhas, foram gerados 230,6 bilhões nos 6 primeiros meses de 2022, número 79,8% maior do que no mesmo período do ano passado e 54% maior que o mesmo período de 2019.
Um dado interessante apresentado no levantamento foi que apenas 5,7% dos pontos/milhas foram gerados a partir da compra de passagens aéreas. Os 94,3% restantes foram acumulados em compras no varejo, indústria e serviços.
Quanto ao resgate de ponto/milhas, o número total no 1° semestre de 2022 foi de 186,6 bilhões, superando em 78,8% o valor registrado no mesmo período de 2021 e em 43,9% o resultado de janeiro a junho em 2019.
Se no acúmulo a menor parte dos pontos/milhas é gerada com a emissão de passagens aéreas, o cenário no resgate é bem diferente, com 83% dos pontos/milhas sendo trocadas por passagens aéreas, enquanto 17% são utilizadas para a obtenção de produtos para casa, descontos, cashback, serviços e outras vantagens.
Já a taxa que mede a perda de pontos/milhas ficou em 15,6%, registrando um crescimento muito discreto em relação ao resultado do 1° semestre de 2021, que foi de 15,5%. Diferente do que ocorre no acúmulo e no resgate, a taxa de perda não é calculada sobre o valor dos pontos/milhas acumulados no semestre, mas sim pelo acumulado dos últimos 12 meses.
Se em termos percentuais o resultado não assusta tanto (15,6%), quando descobrimos o valor que a taxa representa, a história é outra: foram 58,2 bilhões de pontos/milhas expirados entre julho de 2021 e junho de 2022. 😱 É chocante!
Você consegue imaginar o que faria com 58,2 bilhões de pontos/milhas na conta do seu programa de fidelidade favorito? É melhor que ganhar na Mega-Sena.
E aí, o que achou dos números?
Vale destacar que a informação disponibilizada no site da Abemf não deixa claro se os números são referentes ao setor de fidelização como um todo ou se tratam apenas dos resultados das empresas associadas, o que excluiria, por exemplo, o programa Esfera.
Questionamos a Abemf sobre a questão, mas não obtivemos retorno até a publicação da matéria. Atualizaremos o post em caso de resposta.
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